Page 40 - Revista Food Ingredients Brasil Ed. 52
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ÁCIDOS GRAXOS   frias e profundas, oleaginosas e óleo de linhaça, ovos enriquecidos e leite fortificado, que já os apresenta na sua forma natural. No entanto, pode-se associá-las ao consumo de vitamina E e selênio (brócolis, azeite extra virgem, oleaginosas, castanha e nozes) e sucos cítricos, para que formem um pool de antioxidantes, a fim de preservar a integridade da estrutura química do ômega 3. Já a família ômega 6 é composta pelos ácidos linoleico; γ-linolênico; eicosadienóico; dihomo-gamma- linolênico; araquidônico; docosadie- destacar também a importância de se manter determinada proporção entre os diferentes integrantes da mesma família; embora o ácido linoleico, principal componente dos ômega 6, exerça funções importan- tíssimas no organismo, não é conve- niente que haja excesso do mesmo. Como em muitos outros aspectos da alimentação, a moderação e o equilíbrio, neste caso, é um ponto fundamental. O ácido γ-linolênico ou, simples- mente, GLA (Gamma Linolenic Acid) é designado como ômega 6. (Spirulina maxima e S. platensis) e fungos (Mucor javanicus e Mortie- rella isabellina). Nenhuma dessas fontes concentradas de GLA está presente em uma dieta típica, mas os óleos podem ser consumidos em forma de suplemento dietético. O óleo de prímula, rico em ácido linolênico (LA) e ácido γ-linolênico (GLA), é a forma mais popular do ácido graxo essencial ômega 6 e a mais importante fonte comercial de ácido γ-linolênico. Em cada grama do óleo encontram-se, além de quantidades menores de outros  nóico; adrénico; docosapentaenóico; e calêndico. A maioria é proveniente da dieta, como o ácido linoleico, por exemplo, sendo encontrado especialmente em azeites vegetais (girassol, milho, soja, etc.) e em alimentos que os contenham, como as conservas em azeite, entre outros. O ácido linoleico é convertido no organismo em outro ácido graxo da família ômega 6, o ácido gama linoleico, sendo, poste- riormente, transformado pelo orga- nismo em ácido graxo araquidônico. Quando se fala em ômega 6, deve-se Quimicamente, é um ácido carboxí- lico com uma cadeia de 18 carbonos e três ligações duplas cis; a primeira ligação dupla é localizada no sexto carbono, a contar da terminação ômega. É também chamado de ácido gamolênico, um isômero do ácido α-linolênico, que é o ácido graxo ômega 3. Uma dieta ocidental típica con- tém baixas quantidades de GLA. As fontes mais concentradas não se originam de alimentos tradicionais, mas de óleos de sementes e micror- ganismos, como cianobacterias ácidos, de 65mg a 80mg de ácido linoleico e de 8mg a 14mg de GLA. Portanto, o óleo é, ao mesmo tempo, fonte do ácido γ-linolênico e de seu precursor, o ácido linoleico. Outras boas fontes naturais de GLA são o óleo de sementes de borragem (Borago officinalis L.), óleo de se- mentes de cassis (Ribes nigrum), ou fontes fúngicas. Uma alternativa que se mostra promissora é o óleo de canola, extraído de sementes geneticamente modificadas, e o óleo de Echium fastuosum, uma planta da família das borragináceas. 42 FOOD INGREDIENTS BRASIL No 52 - 2020 revista-fi.com.br 


































































































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