Page 59 - Revista Food Ingredients Brasil Ed. 52
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secreções de muco e acidez do es- tômago. A imunidade adaptativa é a segunda barreira à infecção e é adquirida mais tarde na vida, como após uma imunização ou o combate bem-sucedido a uma infecção. Ela mantém uma memória de todos os invasores que enfrentou e isso acelera a produção de anticor- pos. Embora os mecanismos de defesa da imunidade inata e adap- tativa sejam muito complexos, eles podem ser organizados em três grupos principais: barreiras físicas (por exemplo, pele, mucosa, secreção de muco), células imunes e anticorpos. Cada um de nós tem um tipo diferente de sistema imunológico e essas variações interindividuais em muitas funções imunes são devidas a genética, idade, sexo, etc. Além disso, nossas atividades diárias também determinam sua força. Existem algumas razões que podem reduzir o sistema imunológico, como estresse, dieta inadequada, sono inadequado, poluentes, fadiga, expo- sição a bactérias, vírus e alérgenos prejudiciais. Quando esses fatores são combinados, o risco na disfunção imunológica torna-se ainda maior. NUTRIÇÃO E IMUNIDADE O estado nutricional é um fator importante que contribui para a imunocompetência e as profundas interações entre nutrição, infecção e saúde têm sido reconhecidas. Pesquisas substanciais concen- traram-se no papel da nutrição e, especialmente, na contribuição do papel dos micronutrientes para o funcionamento ideal do sistema imunológico. A ingestão de nutrientes em quantidades suficientes como parte de uma dieta variada é necessária para a saúde e o funcionamento de todas as células, incluindo as célu- las do sistema imunológico. Cada estágio da resposta imune do corpo depende da presença de muitos micronutrientes. Exemplos de nutrientes que foram identificados como críticos para o crescimento e a função das células imunológicas incluem vitamina C, vitamina D, zinco, selênio e ferro. A relação entre estado nutri- cional e imunidade fica clara tam- bém quando olhamos para alguns momentos da vida como durante o crescimento, fase de amamenta- ção e durante o envelhecimento. A deficiência nutricional de macro e micronutrientes impacta direta- mente na imunidade com o passar do tempo. Os micronutrientes trabalham em sinergia e suportam os três mecanismos de defesa imunológica e, dessa forma, o status inadequado ou deficiente desses micronu- trientes influencia negativamente nas defesas do corpo e, portanto, prejudica a capacidade geral do organismo de combater infecções. Os dados disponíveis indicam um papel importante das vitaminas (A, D,E,B6 ,B12,folatoeC)eoligo- elementos (selênio, zinco, cobre e ferro) na resposta imune. Eles contribuem para as defesas naturais do corpo nos três níveis, apoiando barreiras físicas (pele/mucosa), imunidade celular e produção de anticorpos. As vitaminas A, C, E e o oligoelemento zinco ajudam a melhorar a função de barreira da pele.AsvitaminasA,B6 ,B12 ,C,D, E e ácido fólico e os minerais ferro, zinco, cobre e selênio trabalham em sinergia para apoiar as atividades protetoras das células imunológi- cas. Todos esses micronutrientes, com exceção da vitamina C e ferro, são essenciais para a produção de anticorpos. Vitamina B 6, selênio, cobre e zinco têm um impacto direto na produção de anticorpos e prolife- ração de células B, as vitaminas A, D e E estimulam a resposta Th2, que por sua vez promove a imuni- dade humoral, e os micronutrientes restantes atuam indiretamente por seus papéis na síntese de proteínas e crescimento celular. Na tabela abaixo encontramos o papel de cada micronutriente e sua relação com a reposta imune (Silvia Maggini, et al., 2007). MCASSAB    revista-fi.com.br FOOD INGREDIENTS BRASIL No 52 - 2020 61 


































































































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