De acordo com a Archer-Daniels-Midland (ADM), um dos maiores operadores agrícolas do mundo, a China está impulsionando o crescimento do mercado asiático de proteínas vegetais à medida que os consumidores preocupados com a saúde buscam por novos produtos.

O consumo de proteína vegetal de origem local tem sido mais rápido na China do que em outras partes do mundo e a indústria está indo rapidamente para além dos hambúrgueres vegetais. Alternativas ao camarão e marisco, queijos vegetais e petiscos proteicos estão se tornando mais populares. “A conscientização e o interesse em proteínas vegetais como alternativa à carne estão crescendo. Os chineses estão experimentando opções feitas com plantas à medida em que procuram dietas ricas em proteínas que sejam sustentáveis, práticas e atendam aos padrões de segurança alimentar”, disse Leo Liu, presidente da ADM Ásia-Pacífico.

A ADM já possui extensas operações em toda a China e vai investir ainda mais em proteínas alternativas no país. A empresa prevê que o mercado chinês de proteínas vegetais crescerá para US$ 14,5 bilhões em 2025, ante US$ 10 bilhões em 2018.

O crescente interesse em proteínas de origem vegetal combina com o foco crescente de Pequim no meio ambiente e na segurança alimentar. Segundo Alvin Tai e Ashley Kim, analistas da Bloomberg Intelligence, diversificar a proteína por meio de fontes vegetais pode ajudar a China a lidar com a escassez futura de carne. Reduzir o consumo de carne também faz parte da estratégia da China para reduzir a sua emissão de carbono em mais de 65% em 2030, em comparação a níveis de 2005, disseram os analistas em relatório publicado em fevereiro.

Empresas globais de alimentos também estão se movimentando nesse mercado. No ano passado, a Cargill iniciou a venda da marca de produtos de carne vegetal PlantEver no mercado chines, enquanto a Beyond Meat inaugurou, recentemente, a sua primeira fábrica fora dos Estados Unidos, perto de Shangai. A Livekindly Collective, um grupo de marcas de proteínas alternativas dirigido por um ex-executivo da Unilever, também tem planos de expansão na China.

Fonte: Food Innovation