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O ÓLEO VEGETAL

A maioria dos óleos vegetais obtidos de grãos ou sementes fornece duas “commodities” de valor, o óleo e a proteína. O processo de extração dos óleos das sementes é realizado através de prensagem a frio ou extração por solvente. Alguns óleos, como o óleo do fruto da palma e oliva, não são produzidos através da semente, mas através da prensagem da polpa da fruta, o endosperma.

O óleo extraído, em sua maioria, passa por um segundo tratamento, o refino do óleo. Somente os óleos virgens, como o óleo de oliva virgem, não passam por este processo.

O refino do óleo remove materiais indesejáveis, como monoacilglicerol, diacilglicerol, ácidos, cor e pigmentos, componentes aromáticos, traços de metais e componentes sulfurosos, mas podem remover componentes de valor, como fosfolipídios, ácidos graxos livres, tocoferóis, carotenos, esteróis e esqualeno.

Os vegetais fornecem diferentes proporções de óleos. A média desta proporção é: soja (18,3%); girassol (40,9%); amendoim (40,3%); algodão (15,1%); coco (62,4%); gergelim (42,4%); linhaça (33,5%); polpa da palma (45-50%) e oliva (25% a 30%).

O óleo natural, não atendendo todas as necessidades do mercado (física, nutricional e química), foi modificado através de tecnologias, como misturas; destilação; fracionamento; hidrogenação; interesterificação química; interesterificação por lipase; processo enzimático, ou através de soluções biológicas, como engenharia genética; identificação de novas fontes de lipídios; e introdução de novas espécies vegetais para produção de óleo.

Os lipídios são definidos como produtos naturais que incluem ácidos graxos, esteróides, terpenos, carotenóides e hidrocarbonetos de cadeia longa em suas moléculas, e que possuem em comum a solubilidade em solventes orgânicos (não polares), como éster dietílico, hexanos, benzenos, clorofórmio ou metanol e a propriedade de insolubilidade em água.

A nomenclatura dos hidrocarbonetos e ácidos graxos foi definida pela IUPAC (The International Union of Pure and Applied Chemists) em parceria com a International Union of Biochemistry (IUB), conforme apresentado no Quadro 1, 2 e 3.

QUADRO 1 - SISTEMÁTICA NOMENCLATURA DOS HIDROCARBONETOS

Fonte: Akoh e Min (2002).

QUADRO 2 - NOMENCLATURA COMUM PARA ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS

Fonte: Akoh e Min (2002).

QUADRO 3 - NOMENCLATURA PARA ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS

Fonte: Akoh e Min (2002).

O óleo pode ser utilizado em diferentes aplicações, como alimento, farmacêutico, cosmético e produção de energia, conforme Figura de Ratrray(1984).

DIFERENTES APLICAÇÕES PARA OS ÓLEOS

Fonte: Ratrray (1984).

O desenvolvimento econômico e crescimento populacional impulsionaram a demanda de óleos. A produção mundial de óleos vegetais cresceu 19% nos três últimos anos. Em 2011, a produção era 150.00 mil toneladas e esta prevista que o ano de 2014 irá fechar em 176.800 mil toneladas, conforme dados publicados pela USDA (2014). A Figura 1 apresenta o histórico de crescimento mundial dos óleos vegetais de 1975 a 2007.

FIGURA 1 - PRODUÇÃO MUNDIAL DE ÓLEOS VEGETAIS

Fonte: Calle, Pelkmans e Walter (2009).

A produção brasileira de óleos, segundo a ABIOVE (Associação Brasileira de Óleos Vegetais) foi de 58 mil toneladas em 2013, sendo as regiões Sul e Centro Oeste as maiores responsáveis por esta produção.

A região de menor participação é da Norte brasileiro, mas esta região também vem apresentando ofertas de novos óleos. A busca por novas características físicas e nutricionais de óleos permitiu a diversificação de produtos para o mercado consumidor. Os óleos naturais com características diferenciadas, sem modificações tecnológicas, foram os fatores para a introdução de óleos exóticos.

A sustentabilidade aliada à diversificação de produtos permitiu o manejo dos frutos e sementes da floresta amazônica, para apresentar ao mercado consumidor óleos exóticos movidos ao conceito de tiple bottom line (dimensão ambiental, social e corporativa).

O bioma da floresta amazônica tem um enorme potencial para o mundo, mas poucas espécies são estudadas. Apenas 5% dos cientistas brasileiros trabalham na Amazônia e cerca de 70% dos estudos internacionais a respeito do grande bioma não inclui pesquisadores em atividades no Brasil.

A floresta amazônica possui inúmeras espécies vegetais oleaginosas que apresentam potencial e valor para indústria de alimentos. A floresta trouxe ao mercado óleos de fontes vegetais pouco explorados, óleos derivados da extração a frio de sementes, como o óleo de Castanha do Brasil, óleo de maracujá e a manteiga de cupuaçu, e óleos derivados da polpa, como o óleo de açaí e buriti, produtos com cadeia de ácidos graxos diferenciados e componentes de valor, como carotenos e tocoferóis, sem modificações tecnológicas.

Os óleos vegetais da Amazônia contêm vitaminas, quantidade de ácidos graxos mono, poli-insaturados e saturados diferenciados, além de outros componentes de valor nutricional e funcional.

O mercado europeu de óleos vegetais é considerado bastante amadurecido, mas estudos recentes mostram que este mercado está passando por mudanças fundamentais. Em termos globais, a Europa tem se tornado o principal mercado para óleos vegetais saudáveis e exóticos, principalmente devido ao aumento do interesse dos consumidores em estilo de vida mais saudável e cozinhas étnicas, além da sustentabilidade como foco de atenção.

No Brasil, esta tendência também é realidade e a busca de produtos saudáveis e naturais, como os óleos sustentáveis, serão o ponto chave para a preservação da floresta amazônica.

Referência

AKOH.C.C. MIN.D.B. Food lipids. Chemistry, Nutrition and Biotechnology. 10140. 2.ed.2002

CALLE, F.R; PELKMANS,L. WALTER, A. A Global overview of vegetable oils, with reference to biodiesel. 89p. 2009.

CBI Market Information Database. CBI Trend Mapping for Vegetable Oils. Nov.2013

GUSTONE, F. Vegetable oils in food technology: Composition, properties and uses. 1.ed 337p..2002.

RATTRAY. J.B.M. Biotechnology and the fats and oil industry – an overview. AOCS Annual Meeting. 1701-1702p.1984.

USDA. United States Department of Agriculture. Major Vegetable Oils: Word supply and distribution ( commodity view).

* Lilia Aya Kawazoe é gerente comercial Food Ingredients da Beraca.

Beraca Sabara Químicos e Ingredientes S/A

www.beraca.com




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