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Tendências apontam para a digitalização no segmento de massas e biscoitos

Personalização dos produtos, embalagens voltadas para o consumo individual e busca por mais praticidade. Os novos hábitos de consumo de massas e biscoitos têm imposto diversos desafios aos fabricantes que atuam neste segmento e obrigado a indústria a buscar inovações em suas linhas de produção para atender às novas demandas do mercado. Esses movimentos foram acentuados durante a pandemia e o novo cenário de consumo que se criou ao longo de 2020 deixou o setor ainda mais desafiador para os fabricantes de alimentos à base de trigo. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), a estimativa para o setor é fechar este ano com crescimento entre 3% e 5%, resultado considerado ótimo pela entidade. No primeiro quadrimestre de 2020, os segmentos movimentaram R$ 9,6 bilhões, montante 4,9% acima do valor obtido no mesmo período do ano passado. A Abimapi aponta ainda que a alta no consumo de massas, biscoitos e pães durante a pandemia aumentou em 15% a demanda por trigo no Brasil.
Parte da alta no segmento está atrelada às novidades para atender as demandas dos consumidores com produtos mais personalizados e de maior praticidade. Hoje, é possível comprar caixas de bombons apenas com os chocolates preferidos. Ou comprar grandes pacotes de biscoitos contendo várias pequenas embalagens no interior para facilitar o seu consumo no dia a dia - como levar para o trabalho, escola ou academia - e manter a qualidade por mais tempo. Esses são exemplos de novos hábitos de um consumidor que está mais exigente e disposto a pagar mais pelo produto, e que obrigam a indústria a se adaptar a esses movimentos do mercado.
Essa adequação da linha de produção para atender uma demanda que pode mudar em poucos meses necessita de processos digitalizados, que dão agilidade e flexibilidade à fabricação dos produtos. E para essa adaptação, é necessário ter uma planta integrada, com soluções de rastreabilidade que vão do fornecimento de matéria-prima à finalização das embalagens, e uso de dados para tornar o processo mais ágil por meio de ferramentas como Edge Computing e Internet das Coisas (IoT). Essas tecnologias geram também redução de perdas e dão mais transparência por gerar informações de toda a linha de produção. Em uma planta antiga, por exemplo, um relatório com as informações de todo o processo demorava até três dias para ser obtido, tempo que geraria diversas perdas na capacidade produtiva até a identificação e realização de ajustes nos sistemas. Com a digitalização, essas informações são passadas em tempo real, otimizando assim a produção gerando ganhos importantes para a empresa.
Esses benefícios com a modernização das fábricas têm estimulado iniciativas externas e internas voltadas ao uso das novas tecnologias no setor de alimentos. No mercado, há um movimento de cooperação entre representantes da área que têm formado grupos para compartilhar os resultados entre as empresas. Já internamente, as companhias têm criado comitês voltados às inovações para entender melhor as tecnologias disponíveis e como elas podem melhorar a performance de acordo com a linha de atuação e os objetivos pretendidos no mercado.
Dentro desse contexto, uma tendência para a área é a aplicação de provas de conceito, que são projetos pilotos de digitalização para identificar o retorno que as tecnologias podem proporcionar e, posteriormente, adotar de maneira definitiva na linha de produção. Esse movimento tem auxiliado na transição do setor rumo à digitalização e é preciso absorver essa demanda como softwares que fazem a integração das máquinas mais tradicionais às novas tecnologias. Esse é um dos focos de atuação da Siemens no segmento de massas e biscoitos, sendo que um dos diferenciais da companhia é o trabalho realizado com toda a cadeia - dos fabricantes de máquinas aos provedores de soluções - que facilita a transição do modelo tradicional para a atuação inteligente voltada à Indústria 4.0.
Um exemplo dessa atuação é o trabalho de modernização que a Siemens tem realizado para uma fábrica de alimentos situada no sul de Minas Gerais. O projeto está em seu segundo ano de execução e vai abranger toda a modernização da unidade transformando-a em uma planta digitalizada e inteligente, com flexibilidade para absorver mudanças nos hábitos de consumo e gerar dados importantes para redução de custos e ganhos em produtividade. Previsto para ser realizado em 5 anos, essa fábrica é um exemplo de como a transição rumo à Indústria 4.0 vai sendo introduzida aos poucos, começando com provas de conceito, passando para as primeiras iniciativas com IoT para depois implementar outros níveis de soluções até atingir a transparência desejada em toda a cadeia.

Em um setor onde as empresas atuam com um portfólio extenso e diversificado, é crucial ter uma linha de produção ágil e assertiva onde a inovação vai fazer toda a diferença frente a concorrência. Como vimos, é crescente a necessidade de adotar processos digitalizados e inteligentes para absorver as novas tendências de consumo e estar atualizado em um mercado que se mostra cada vez mais desafiador.


*Christian Marcatto - Consultor de Automação para o segmento de Alimentos e Bebidas.

*Daniel Marques - Gerente de Contas para o segmento de Alimentos e Bebidas







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